Às vezes me pergunto se também irei, um dia, separar na foto os nossos corpos. Ou se farei uma fogueira com as lembranças de nós dois.
Suspeito que depois eu tentaria, em desespero, concertar com fita adesiva até aquilo que não tem mais jeito.
Monique Burigo Marin
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10 comentários on "Irreversível"
Muito obrigado pelo comentário.
Curti muito teu jeito de escrever, Bem profundo ^^
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Se quer aprender a desenhar, acompanhe meu blog, sempre vou postar livros e processos.
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Abraços,
Marcos
http://marcosilustra.blogspot.com
entendo perfeitamente oq vc escreveu...
http://minhavidadelimao.blogspot.com/
Adorei!
Já estava ficando com sdd dos teus textos! ^^
Na hora da raiva, sempre fazemos algo que depois nos arrependemos. Na verdade, não devemos nos arrepender e sim aprender com os erros.
Adorei aqui. :)
Beijos
no meu caso, eu não conseguiria fazer uma fogueira.
eu ia guardar tudo numa caixa e enterrar, tentaria esconder o lugar de mim mesmo, mas sei que faria de tudo pra ter certeza de que sempre saberei onde cada coisa está.
mas acho que não daria pra me livrar das coisas que agora fazem parte de mim.
Quando a gente se separa, faz dessas coisas, rasga foto, joga coisas fora ... depois, bem mais tarde, se arrepende ...
Se queimar não tem fita adesiva que arrume. Até por isso prefiro o fogo.
Pensei que fosse postagem sobre o filme, Irreversível. É sem dúvida menos trágica que ele, mas ainda assim boa postagem; expressa bem um dilema sem solução aparente, ao menos para quem vê de fora...
Quem vê de dentro geralmente tem sempre a impressão de que fez a coisa certa e definitiva...
E depois você provavelmente ficaria com raiva, arrancaria a fita adesiva e terminaria de destruir as pedrinhas no sapato. Aí estaria quase livre.
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