Cadê?

por Monique Burigo Marin às 9:36 PM
As indecisões das cores do teu cabelo acompanhavam o teu humor, que também era meu. Contigo, eu fui tão bem humorada! Foi a tua mão que segurou a minha quando fiquei sozinha sem querer estar.
...Tenho uma notícia triste: Eu não consigo mais te imaginar. Quando tento, dói. Mas me recuso a te esquecer.
O que foi que aconteceu com a gente? Éramos tão completos e indivisíveis. Fomos teoria atômica hoje ultrapassada. Mas que fazer da saudade que, ao contrário, não passa?
Será que adquiri uma cegueira específica? É,talvez seja isso. Como na cegueira dos que já enxergaram: o tempo foi se encarregando de apagar os traços daqueles que sumiram, fazendo esquecer, mesmo sem querer.
Nig é Ninguém, afinal. Não preciso mais abreviar teu nome para que não te ofendas.



* Sabe, Nig (não preciso, mas insisto). Eu sinto saudades. Tua existência ainda vive em mim, em cada sorriso teimoso. Não me abandone.


Monique Burigo Marin

8 comentários on "Cadê?"

Iguimarães on 20 de dezembro de 2010 às 12:25 disse...

"Sentido saudade de todos os lugares que ainda não estivemos"

Gabriela Freitas on 20 de dezembro de 2010 às 12:27 disse...

Gostei da maneira como escreve, seu blog é tremendamente maravilhoso.
Este texto me fez parar e apenas ler, acho que vou ficar com ele na cabeça por algum tempo.

Kênnia Méleus on 20 de dezembro de 2010 às 15:16 disse...

Na boa, achei o texto genial. Quem nunca conheceu alguém sem, de fato, ter conhecido? E é tão ruim esquecer-se, estar à beira da não-imaginação... No fundo, acho que todos temos um Nig interior, ou exterior, que seja. Lindo blog.

Gleise Erika Cavalli on 22 de dezembro de 2010 às 12:05 disse...

Ha, isso acontece comigo as vezes. Sentir saudades de uma pessoa, ficar lembrando, tentar esquecer; é difíciL né =/

Bruna B on 23 de dezembro de 2010 às 13:12 disse...

Também sinto saudades, do Nig, de você...
A Joaquina aparece às vezes, se mostra através de palavras saídas sem sentido da boca de meu pai.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Só uma noite fria e uma rede dividida à dois pra aliviar tudo que vez e outra, dói.

Anônimo disse...

Faz tempo que meu cavalo de cabo de vassoura não me vista também.

 

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