Se agora a pele dos outros derrete e os olhos caem, a culpa é minha. Se crianças estão saltando da janela em direção à piscina de bolinhas, a culpa é minha. Se o riso que escuto é falso e não há água no mundo capaz de lavar o veneno em seus lábios, eu sei que o doce é assassino e está entrando mais rápido nos corações do que eu saio.
Aqui o sangue é rosa e me faz escorregar pelas escadas enquanto tento grudar agulhas de costura no corrimão. Todos precisam de remendo. Todos menos eu. Eu corri o mais rápido que pude para fora do buraco na maçã, mas permaneci estática. Foi assim que entendi: a semente de todo o mal sou eu.
Monique Burigo Marin
3 comentários on "Colheita"
"a semente de todo o mal sou eu."
É drástico, mas pode ser um fato.
Tenha um bom dia flor. :)
http://amar-go.blogspot.com/
Uma mistura da pílula vermelha de Matrix com a paranóia alcoólica de Dumbo.
Genial.
Se eu tiver de sangrar até a morte, que eu sangue xarope de groselha e que a bala seja de coco.
Eu achei que você pertencia ao divino.
Que bom reconher teu lado negro haha
Puxando o link ai do cinema, também vi uma coisa meio matrix,apesar de saber que não era a intenção haha.
Gostei,mas prefiro outros! Esforce-se para me agradar!
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