Ilustração: Candice Madsen
Eu cresci enquanto você sumia. Ainda penso em você sem pensar...
Será que deixou a barba crescer e fez trancinhas coloridas? Será que correu pelado na universidade e já casou com uma designer ou com uma jornalista ou... Por amor? Talvez tenha um carro antigo na garagem e já tenha parado de desenhar tragédias em todo lugar.
Será que ainda anda como quem se recupera de uma queda feia? Será que ainda fica feio de azul? Será, meu Deus, que ainda é ateu?
Dia desses assisti aquele filme sobre você e eu, desejei que tivesse me presenteado com uma máquina de voltar no tempo também. Será que do jeito que o tempo passa rápida aquele pelo branco na sua sobrancelha já se multiplicou?
Será que eu, algum dia, terei respostas para o enigma que é você?
Monique Burigo Marin
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5 comentários on "Acordada"
Esses amores passados, esses amores inventados....
...só servem para ser indagados!
Lindo e doce texto!
É incrível como somente um pouco de insônia é capaz de inspirar uma reflexão ou uma poesia como essa. Gostei da referência pop, rs. Uma das minhas favoritas.
Sempre gostei de criticar os textos das pessoas, falando sobre o tio de escrita, a historia, se é leve ou cansativo, mas os seus textos são tão únicos que a única coisa que tenho a dizer é: Me faltam palavras sobre as suas palavras, parábens!
Ai, meu Deus!
Que súplica mais linda!!!
"Eu cresci enquanto você sumia. Ainda penso em você sem pensar..." - LINDO ISSO!
Realmente as pessoas se vão e os questionamentos continuam conosco...
Adorei o texto!
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