Imagem: Brian M Viveros
Sentou naquela escada de madeira que fica em frente ao mar só para torturar-se com a areia entrando nos olhos. Mergulhada em sua própria nuvem de fumaça, pensou em desistir de tudo. Tudo mesmo. Até agora suas insistências só aprofundaram os cortes.
Entorpecida pelas ilusões da vida, caiu inúmeras vezes em teias invisíveis. Apoiou-se em pernas bambas. Tentou, a todo custo, desvencilhar-se das amarras. Enroscou-se ainda mais.
Tragou profundamente as lembranças mais amargas e soprou devagar. Uma por uma.
...Mas é difícil libertar-se daquilo que se é.
Monique Burigo Marin
9 comentários on "Prisioneira"
Não há nada mais triste do que decepcionar-se com os outros, com o mundo.
Mas não desista, afinal mesmo nas coisas feias continua havendo sua beleza.
Não importa se isso seja em uma casa invadida ou em uma varanda bela de cobertura.
Muito bonito o texto, eu adorei *-*
Enrolou todo seu passado, qual folhas de tabaco e acendeu. Sopra devagar a fumaça para dissipar tudo pro ar. Como diabos demora um charuto para queimar!
está maravilhosa sua construção.
E como é difícil confiar nas pernas bambas, não é mesmo?
Você escreve muito bem. Espero que, um dia, eu também consiga.
lindo o texto. sem falar que é de uma naturalidade impressionante! gostei mesmo! vou seguir!
Ah, claro. Se tiver tempo, dê uma lida no meu blog; se valer a pena, comente; se for maluca, siga.
Estou te seguindo. :)
adorei o texto e vou seguir seu blog parabens ta bem aruamdo
que o senhor te abençoe...
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