- Talvez eu esteja tentando remendar cacos de vidro.
- Como naquela vez em que você quebrou o meu copo de requeijão.
- Não tinha cola.
- Não tinha agulha.
- Tinha linha.
- Eu tinha você.
(...)
- Talvez eu desista.
- Talvez você passe por cima disso.
- Talvez eu passe por cima disso e me corte tão fundo que nem consiga remover os pedaços.
- De repente você acaba por se adaptar ao corpo estranho dentro do seu.
(...)
- Talvez o corpo estranho seja eu.
Monique Burigo Marin